Este espaço virtual foi criado com o intuito de compartilhar experiências vividas em sala de aula
(nas disciplinas Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Literatura), bem como sua utilização como mais uma ferramenta
para o ensino-aprendizagem de modo a tornar o processo educacional mais instigante e desafiador para
o aluno dessa geração tecnológica.


Pausa Poética


Postagem: 19 de julho de 2012 (quinta-feira)
Para ver a imagem em seu local de origem cique AQUI.


Há dias em que não nos sentimos muito bem por causa de outras pessoas. Para mim, hoje é um desses dias.
Há algum tempo atrás (mais precisamente há três anos e alguns meses) eu pensei que nada neste mundo poderia me abalar tão profundamente e que ninguém mais nesta vida poderia me surpreender a ponto de fazer sangrar meu coração por dentro.
Me enganei.
Hoje tive a maior decepção da minha vida, e isto me fez refletir muito sobre até que ponto devemos tentar acertar sempre no relacionamento com as pessoas do nosso convívio.
Talvez fosse melhor fazer como os animais, que não se importam com o que vai acontecer no futuro. Eles apenas vivem! E vivem sempre procurando a melhor solução para cada dia de suas vidas, sem se importar com os outros dias ou com os outros animais.
Vou tentar agir assim daqui pra frente.
Porém, em meio a tantas decepções que estão se acumulando em meu caminho por esta Terra, de um tempo para cá decidi tirar alguma coisa boa de cada coisa ruim pela qual tenho que passar. A solução imediata que encontrei para digerir alguns “sapos” que me empurram goela abaixo (e sem direito a um golinho de água) foi a escrita. Talvez, a tática escolhida seja um vício da minha formação acadêmica ou uma maneira de desabafar sem sair por aí falando mal dos outros, mas, sem dúvida, é uma maneira produtiva de assimilar os atos e fatos que me sangram a alma! E viva a linguagem figurada!
Sendo assim, essa decepção de hoje serviu de inspiração para mais um de meus poemas. Se é que posso me permitir chamar o que escrevo de poema. A propósito, esqueci de dizer também que minha inspiração é mórbida (só escrevo poemas quando estou deprimida ou de mal com a vida). Quem sabe algum dia consigo escrever algum belo poema inspirado na felicidade.
Por enquanto, quando estou feliz prefiro viver o momento a escrever. Afinal, já joguei fora tanto tempo de minha vida sofrendo que hoje prefiro aproveitar os momentos de felicidade e transformar os ruins em poesia. Não está na moda aproveitar o lixo? Pois bem, nunca mais me darei o luxo de desperdiçar nenhum minutinho de minha vida por causa de ninguém. Por isso, eis o meu “lixo” de hoje transformado em poesia:

MEU ATO DE CONTRIÇÃO
(19 de julho de 2012)

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, por querer ter sido onisciente.
Por ter agido conscientemente.
Perdão, por ter sido ingênua demais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, pelas duras horas de sufoco.
Por ter te dado assim tão pouco.
Perdão, por não ter merecido graças mais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, porque não pude dar conta.
Pois tantas coisas puseste em minha conta.
Perdão, por ter vacilado demais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, por não ter sido muito mais eficiente.
Por não ter orado suficientemente.
Perdão, por não ter me esforçado mais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, por querer ter sido muito presente.
Por ter cedido aos caprichos doentes.
Perdão, por ter intuído tarde demais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, por só ter pensado em amar.
Por ter sempre tentado acertar.
Perdão, por não conseguir fazer mais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, por não ter dado frutos perfeitos.
Pelo meu serviço mal feito.
Perdão, por ter sido permissiva demais.

Perdão, meu Deus! Perdão!
Perdão, por não ter conseguido a tempo dizer “NÃO”.
By Rô Oliveira


Postagem: 23 de junho de 2012 (sábado)


Passeio em Belém (2009) - Baile na sede do SINTUFPA
Hoje é o aniversário de minha filha mais velha (ops, a que tem mais idade). Há alguns dias, estive pensando no que lhe dar de presente estando agora longe dela. Resolvi escrever um poema que finalizei somente hoje.

Eis o resultado de minhas lembranças:

QUANDO VOCÊ NASCEU
Festa de aniversário do Marquinho (filho da prima Yone) - Fev. 2011
                             
Quando você nasceu
Eu não poderia adivinhar...

Ao plantar a sementinha
As formas se avolumaram
Náuseas, dores e inchaços,
Desconforto?! Qual? Que nada!
Nada daquilo importava.
E a doce sementinha já era
Tão querida, tão desejada.
 
Eis que então um belo dia
Grande dia, o da chegada
Foi que pude vislumbrar
Aquele rostinho meigo
Tão lindo de admirar!
Esqueci até das dores
Agudas, inimagináveis,
Que tive que suportar.

Quando você nasceu
Eu não poderia adivinhar...

Mas depois...
As alegrias misturadas a noites de sono
O cansaço sendo driblado pelo prazer
de ninar
de afagar
de oferecer o peito.
de alimentar o corpo e a alma
No aconchego do abraço
Santa subsistência!

Técnicas de paciência
Exercitadas entre a labuta
Do emprego e do lar
Gerenciamento do tempo
“─ Não vai dar tempo! Não vai dar tempo!”
Hora de optar:
Em primeiro lugar sempre o lar.
Mas tudo era esquecido
E guardado num cantinho
Quando, ouvindo as palavras doces
Ditas com tanto carinho
“─ Mamãe, vem me abraçar!”
Ah! Como é doce lembrar!

Quando você nasceu
Eu não poderia adivinhar...

Outras noites de sono perdidas
Longas e infindáveis
Nos desesperos hospitalares
Mais doses de paciência...
Mais inconveniências...

Acompanhamento constante
Nas tarefas escolares.
Quanto tempo empregado no sonho
De um futuro lindo e brilhante!

Quando você nasceu
Eu não poderia adivinhar...

Mais tarde, o embaraço!
Perguntas difíceis de responder
Preces feitas na calada da noite
Promessas que nunca puderam ser cumpridas
A flor desabrochando
Tudo se ajeitando?...

Quando você nasceu
Eu não poderia adivinhar...

...

Daquele rostinho de outrora
Me esforço pra lembrar
Guardar sempre na lembrança
Aquele meigo olhar,
Aquele sorriso claro,
Sincero, sereno e belo
Que um dia vi brilhar.

Quando você nasceu
Eu não poderia adivinhar...

                                By Rosália Oliveira (23/06/2012)

Este poema foi publicado aqui faltando algumas estrofes. Quem sabe um dia eu tenha coragem de publicá-lo por completo. Por enquanto, fica meu recadinho neste dia a quem me inspirou este texto.
Feliz aniversário, Roberta! Que você consiga ser muito feliz com as escolhas que fez!
Desejo que você amadureça e se torne uma pessoa mais forte para suportar as cobranças da vida de forma totalmente independente. A pessoa inteligente deve tomar os bons exemplos para si bem como aprender a não repetir os maus exemplos.
Que você continue a ser sempre linda!
Espero ainda sentir muito orgulho de você!


Postagem: 17 de fevereiro de 2012 (sexta-feira)
Lindanor em contexto (Escrito em: 18/01/2012)

Nascida em Castanhal
De onde veio pra ficar.
Lindanor “abriu seus olhos”
Em Bragança do Pará.

Aqui uma linda menina
Brincou o tanto que quis.
Em Belém se destacou
Acabou indo a Paris.

Por ter ganhado a viagem
Num concurso da “Aliança”.
Foi conhecer a Europa
Não quis voltar mais da França.

Não sem antes ter casado
E morado em São Luís.
Depois que se separou
Ficou morando em Paris.

Mesmo em suas viagens
Guardou tudo na lembrança.
Nunca esqueceu daqui
Da nossa linda Bragança.

Misturadas em sua obra
Lembranças com ficção.
Ficou tudo registrado
Com muito amor e emoção.

No mundo de Irene, Itaiara
E na estrada que o tempo levou
Entre tantos assinalados
Lindanor se revelou.

Clube do Livro "Lindanor Celina"
De primeira colocada
No concurso nacional
Passou a ser conhecida
Em contexto mundial.

Lindanor eternizada
Em sua obra rica e pura
Grande estrela paraense
Da nossa literatura.

By Rosália Oliveira




Lindanor em acróstico (Escrito em: 16/01/2012)


Linda Lindanor
Irene soube bem representar
Na pacata Itaiara
Da extinta ferrovia.
Antiga via por onde trafegavam
Nativos e visitantes
Ora não mais vista, mas
Realmente lembrada.

Contada por Lindanor
Em obras narradas
Lindamente.
Irene repetida , retomada dramática e liricamente
Nas estradas de um tempo que já se foi
Agora, só lembranças.

Certamente Irene cresceu
Assim como Lindanor se foi.
Serenamente descansa no mar
Hoje, sem trem, sem lavadeiras ou comadres na janela
Ao leito da Baía do Guajará.

By Rosália Oliveira




Postagem: 04 de janeiro de 2011 (terça-feira)
Ano Novo (Escrito em: 04/01/2011)

Todos querem PAZ
Todos querem VEZ
Todos querem VOZ.

Muitos gritam: PAZ!
Outros pedem VEZ
Poucos ganham VOZ.

E a cada ano 
Se repetem os votos
De PAZ, VEZ e VOZ.

Mas a cada ano
Fica mais difícil 
Ter VOZ, VEZ e PAZ.

Por que será
Que a FELICIDADE
Incomoda tanta gente?!
By Rô Oliveira


Postagem: 17 de junho de 2010 (quinta-feira) 


Rosa Solitária (Escrito em: 16/06/2010)

Solitária
Feito a rosa no vaso.
Pensamentos vãos...
Dúvidas...
Nada sei.
Só sei que a conclusão está longe!
Tão longe!
Distante de mim.
Será que a alcanço?
Enquanto isso...
Descanso?
Ou danço?
Não sei.
Nada sei.
Quem sabe???
E sempre sozinha
Como do vaso
a solitária
Rosa.
 
by Rô Oliveira
O esboço deste eu fiz em uma mensagem de celular. Já alterei por duas vezes e ainda não dei por terminado. Talvez algum dia ele ganhe uma segunda estrofe.
Por hora é só!




Ciclos

      I 

O início

O olhar teceu
O amor nasceu
A felicidade cresceu
O casamento aconteceu.

A cidade cantou
A lei acatou
A igreja abençoou
A união começou.

Os dois se fundiram
Os filhos surgiram
As graças abundaram
Um patrimônio fundaram.

Mas...

Um problema surgiu
A confiança fugiu
O amor sentiu
O sacramento faliu.

A prole chorou
O respeito murchou
Nem o carinho sobrou
Um grande amor acabou.

       II

O recomeço

Novo par se formou
Num olhar começou.

As mãos se cruzaram
E os corpos bailaram.

Felicidade ressurgiu
E o casal sorriu.

O ritmo combinou
E por um tempo durou.

Até que então...

A convivência adoeceu
A união estremeceu.

A saúde fugiu
A chuva caiu.

A inspiração brotou
Só ele faltou.

Só que agora...

A relação se transformou
E o carinho restou.


Esse ciclo não tem fim
Nem pra você nem pra mim
O importante é aprender
A com ele conviver.

E agora José?
Quem nunca dançou nesta quadrilha?

Quem sabe um dia as coisas dão certo?!
Nos bailes da vida...
by Rô Oliveira
Hoje eu não terei tempo de postar nada mais interessante e como passei o dia pensando bobagens, aproveitei para escrever algumas delas e acabei finalizando um poema que havia deixado inacabado e escrevendo outro. Andei fazendo alterações também em "Ciclos", poema escrito em 22 de março. Acho que agora cheguei à sua versão final. Espero que tenham gostado!



Postagem: 05 de marçode 2010 (sexta-feira)  
 Momento de inspiração (07/05/08)


Em Miguel Pereira, RJ em visita à minha prima Ir. Wânia.

Nesse instante em que estou só
No quarto a refletir
Sobre minhas dúvidas
Sobre minhas dívidas
Sobre a minha vida
Sobre tudo o que me rodeia
Quero pensar em coisas boas,
Em coisas leves,
Em coisas loucas,
Em coisas alegres.

Mas o soturno me rodeia,
Me tonteia,
Me bobeia,
Bombardeia
Na minha teia de pensamentos
Turvando,
Conturbando
Meu momento de inspiração.

by Rô Oliveira
(Este texto foi escrito 2 dias após o meu aniversário de 38 anos, num momento de aflição)


Postagem:  02 de março de 2010 (terça-feira)


Primeiras Palavras
Olá, pessoal!
Esta será minha primeira postagem no Blog que construí para compatilhar meus textos, experiências profissionais, sentimentos e outras "cositas" mais.
Espero que gostem deste primeiro texto que escolhi especialmente para este momento:

CANÇÃO DA PÉROLA (23/10/2009)  
Ah! Pérola!
Pérola Clara
Sob a pálida lua
Mansa.
Pérola de alegrias
Pérola de tristezas
Pérola de casos e acasos...
... de descasos.
De recursos escassos
Paciente em seu regaço
Na orla do Caeté.

Ah! Pérola!
Pérola branda
Que os descasos abranda
Pela sua gente linda
Mesmo que ainda
A esperança seja finda.
Pérola...
Pérola da saudade
Pérola sem maldade
Pura em seu regaço
Pérola do Caeté.

Ah! Pérola!
Pérola linda
Vigiada por São Benedito
Do Mirante.
Pérola de Ajuruteua
Pérola de outros “euas”
Tamatateua,
Bacuriteua,
Tacuandeua...
Procurando espaço
Manso em seu regaço
Perto do Caeté.

Ah! Pérola!
Pérola histórica
Tecendo o tempo
Que os dissabores dissipa
Velhos casarões, novas ilusões,
Grandes decepções.
Pérola da agonia:
Ora choro, ora alegria
Da antiga ferrovia
Que outrora existia!
Agora sem regaço
Na Pérola do Caeté

by Rô Oliveira
(Escrito para a exposição da I Feira Bragantina do Livro. Serviu como modelo para as produções dos alunos candidatos a participarem do evento.)  

3 comentários:

  1. olha minha poesia: saber viver!!!!
    nada serei sei vc,
    desdo do inicio faz parte do meu viver,
    o professor que de pequeno ja me faz vencedor me ensina a nao decistir e ter coragem de seguir sempre confiante...
    desejo que eu possa realiza meus sonhos e fico feliz por voce ter feito parte da minha historia!!!! desculpa os erros de portugues professora
    de: kamilla gama para: rosalia oliveira boa noite

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  2. Obrigada pelo comentário carinhoso!
    Ah! E os erros de português vamos corrigindo aos poucos. Faço isto no seu texto agora e se tiver alguma correção indevida, você pode dizer que nós ajeitamos depois.
    Veja como seu texto, corrigido e formatado, ficou uma beleza:

    Saber viver!!!
    Nada serei sem você,
    Desde o início faz parte do meu viver,
    O professor, que de pequeno já me faz vencedor,
    Me ensina a não desistir
    E a ter coragem de seguir sempre confiante...
    (Kamilla Gama)

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    Respostas
    1. A tentativa é sempre bem vinda, Kamilla. Continue exercitando sua escrita! Assim fizeram os grandes escritores. Quem sabe você descobre sua verdadeira vocação na escrita.
      Parabéns pelo texto!

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